Rodrigo Eneas

Rodrigo Eneas

Mais de 80 expositores e patrocinadores, 8.755 participantes, 426 prefeitos e vice-prefeitos, 1.089 municípios representados, 18 delegações internacionais. Os números são parte da avaliação do IV Encontro dos Municípios com o Desenvolvimento Sustentável (EMDS), apresentada pela Frente Nacional de Prefeitos (FNP) nesta sexta-feira, 9, durante reunião com representantes de instituições nacionais e internacionais apoiadoras do evento, em São Paulo/SP.

As informações quanto ao grau de satisfação do público também impressionam. Segundo pesquisa realizada pela FNP, 72,2% dos participantes avaliaram o IV EMDS como muito bom e 24,2% como bom. Perguntados se voltariam em uma próxima edição do encontro, 97,4% declararam que sim.

Todo esse contentamento foi reafirmado pelas organizações representadas na reunião, que teceram elogios à organização, estrutura e metodologias aplicadas no Encontro. Na ocasião, os presentes destacaram a importância de fazer parte da realização do maior evento sobre sustentabilidade urbana do país.

Segundo o secretário-executivo da FNP, Gilberto Perre, o sucesso do IV EMDS pode ser atribuído à programação, “que contempla atividades variadas e debates sobre temas contemporâneos e de interesse das cidades”. Ainda de acordo com Perre, “o EMDS é um espaço de experimentação. Por isso, as novidades estão sempre presentes no evento. A escolha do estádio tem também o propósito de reocupação do espaço público”.

Para a quinta edição do evento, Gilberto Perre já anunciou algumas inovações, como a modernização da identidade visual e a concepção de novos espaços e atividades.

A reunião desta sexta-feira contou com representantes do Conselho de Arquitetura e Urbanismo de São Paulo (CAU-SP); Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe); IRT; Associação das Consultorias de Investimentos e Previdência (ACINPREV); Vetor Brasil; Fundação SM; Associação Brasileira da Indústria Ferroviária (Abifer); Contemar Ambiental; WRI Brasil; Iclei; Centro de Estudos Augusto Leopoldo Ayrosa Galvão (Cealag); Associação Nacional de Órgãos Municipais de Meio Ambiente (Anamma); Instituto Ansur e Fundação Abrinq.

Outros números

O IV EMDS contou com o apoio de mais de 200 instituições nacionais e e internacionais apoiadoras, 22 salas temáticas, 85 mesas de debates, 476 palestrantes, moderadores e debatedores, 89 eventos parceiros, 211 boas práticas, 13 TED-alikes e 3 Arenas de Diálogos.

Redator: Bruna LimaEditor: Rodrigo Eneas

O Senado Federal, por meio da Frente Parlamentar Mista de Infraestrutura (FrenteInfra), em conjunto com o gabinete do senador Hélio José (DF) promoveu, no dia 8 de junho, em Brasília/DF, o seminário “Inovação, Resíduos, Energias Renováveis e Complementares”, sobre implementação de projetos ligados a energias renováveis.

Com a presença de diversas autoridades ligadas a área de energia, o evento contou com participação de representantes do governo federal, empresas públicas e privadas, prefeitos e secretários municipais, organizações não-governamentais, instituições e empresas da área de pesquisa e desenvolvimento. O seminário teve por objetivo apresentar novas tecnologias para produção de energia limpa e buscar soluções que viabilizem a implementação de projetos ligados a energias renováveis e complementares nos municípios.

O senador Hélio José defendeu a utilização de energias renováveis e ressaltou a importância do seminário. “Desde a instalação da FrenteInfra, que eu tenho a satisfação de presidir, venho concentrando esforço na discussão. Por isto, estes eventos são essenciais para disseminarmos a utilização de energias renováveis”, destaca.

O seminário foi dividido em apresentação de projetos e propostas por empresas particulares, no período da manhã, e debates conceituais, políticos e formas de financiamento, no período da tarde. As discussões contaram com a presença de representantes dos Ministérios com o do Meio Ambiente (MMA); Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, e Minas e Energia (MME).

O prefeito de Ribeirão Preto/SP, Duarte Nogueira, vice-presidente de Gestão Pública da FNP, esteve presente no evento e debateu sobre a implantação de empresa de manejo do lixo e geração de energia.

FrenteInfra

A FrenteInfra foi criada com o propósito de promover uma interlocução entre os agentes públicos, a sociedade e as áreas técnicas responsáveis por investimentos em infraestrutura. Para isso, busca soluções no sentido de incentivar o desenvolvimento de ações com sinergia para obras de infraestrutura, com eficiência e eficácia da aplicação de recursos públicos e privados.

Desde sua criação, a Frente já realizou o “Seminário de avaliação do Programa de Aceleração do Crescimento – PAC e apresentação do Programa de Investimento em Logística – PIL”, O “3º Seminário Portos e Vias Navegáveis – Um olhar sobre a Infraestrutura” e o “Seminário sobre Energia Solar Fotovoltaica – experiências internacionais e o contexto brasileiro”.

A Frente Nacional de Prefeitos (FNP) promove, nos dias 9, em São Paulo/SP, e 14 de junho, em Brasília/DF, duas reuniões de avaliação do IV Encontro dos Municípios com o Desenvolvimento Sustentável (EMDS). Os eventos reúnem parceiros, patrocinadores, palestrantes e todos os envolvidos na realização do maior evento sobre sustentabilidade urbana do país.

O IV EMDS reuniu mais de 200 instituições parceiras, então a expectativa é reunir a maior parte desse público para debater e já iniciar a construção do próximo evento, em 2019. Para participar de qualquer uma das reuniões, basta garantir a presença pelos telefones (61) 3044-9848 ou 3044-9803.

Números do IV EMDS:

· 18 delegações internacionais

· 426 prefeitos e vice-prefeitos

· 1089 municípios representados

· 8755 participantes

· 85 mesas de debates

· Mais de 80 patrocinadores e expositores

· Mais de 200 instituições parceiras nacionais e internacionais

· 39 eventos parceiros

· 476 palestrantes, moderadores e debatedores

· 211 boas práticas apresentadas

· 13 TED-alikes

· 3 Arenas de Diálogos

Serviço

Reunião de Avaliação do IV EMDS – São Paulo/SP
Data: 9 de junho
Horário: 10h
Local: Observatório dos Consórcios Públicos e do Federalismo (OCPF) – Rua do Arouche, 23 – Centro – São Paulo/SP

Reunião de Avaliação do IV EMDS – Brasília/DF
Data: 14 de junho
Horário: 10h
Local: Frente Nacional de Prefeitos – Setor de Radio e TV Sul, Quadra 701, Bloco H,Lote 10 - Edifício Record, Sala 603, Brasília/DF

Redator: Livia PalmieriEditor: Rodrigo Eneas

Em parceria com a Frente Nacional dos Prefeitos (FNP), a Huawei (uma das maiores empresas de tecnologia do mundo) realiza o Latin America Safe City Summit 2017, em São Paulo/SP, com o tema “Liderando a nova Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC), o caminho para a Segurança Pública Colaborativa”. O evento ocorre nesta quinta e sexta-feira (1 e 2 de junho) no WTC Hotel.

O prefeito de Campinas/SP e presidente da FNP, Jonas Donizette, destacou que a área de segurança pública é sensível a todos e que os gestores públicos devem sempre buscar uma resposta nessa área. “É inerente ao ser humano buscar a segurança. E nos grandes municípios, de forma generalizada no Brasil, são três as principais preocupações da população: saúde, mobilidade e segurança. As prefeituras precisam dar respostas imediatas à população. São nas cidades que as pessoas vivem e nós precisamos e devemos lançar mão das tecnologias para trazer essa segurança mais perto do cidadão, para que se sinta mais seguro e tenha mais qualidade de vida", disse Donizette.

Mais de 350 representantes governamentais, especialistas da indústria e parceiros participam do seminário para compartilhar suas experiências e promover a transformação digital da indústria de segurança pública. Nesta quinta, a Huawei apresentou a solução de segurança pública colaborativa C-C4ISR, que estimulará a transformação digital da indústria do setor de segurança pública na América Latina.

O método C-C4ISR mostra a transformação digital da indústria de segurança pública. Usando a nova TIC, como a Internet das Coisas (IoT), Big Data, banda larga móvel, e Rede Definida Por Software (SDN), bem como uma sinergia nuvem-conexão-dispositivo (cloud-pipe-device), a solução fomenta uma colaboração eficiente entre agências governamentais, bem como os cidadãos.

O prefeito de São Paulo/SP e vice-presidente de Relações Institucionais da FNP, João Doria, falou sobre a modernização da segurança pública implantada na cidade de São Paulo. “O evento que apresentou diversas inovações para a área de segurança pública, como os drones que estamos utilizando para monitorar a cidade. Assumi o compromisso de transformar São Paulo em uma cidade digital até o final da nossa gestão. Os avanços tecnológicos estão aí para melhorar a vida dos cidadãos”, frisou Doria.

João Doria ainda falou que a busca de novas tecnologias não se restringem apenas a área de segurança pública. “Estamos buscando tecnologia para a saúde, educação, transporte, cidadania, serviços públicos de uma forma em geral, e, obviamente segurança pública. Já iniciamos em São Paulo o policiamento por drone, e um dos equipamentos que estamos usando é da Huawei, que cedeu gratuitamente para que a cidade pudesse implantar o seu primeiro programa de policiamento via drone no Brasil. É a primeira cidade do país a ter vigilância eletrônica por essa tecnologia. Estas e outras iniciativas para fazer de São Paulo cada vez mais uma cidade segura e melhor para se viver. Cidades inteligentes significa cidadãos bem tratados”, ressaltou.

De acordo com análises estatísticas das Nações Unidas, a mortalidade e as perdas de propriedade causadas por desastres e incidentes estão crescendo. Muitos fatores, tais como a falta de avaliação e preparação para desastres, fraca capacidade de advertência prévia e falta de comando e envio colaborativo entre agências criam vários desafios para o gerenciamento de crises e desastres.

O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, falou sobre a melhoria dos indicadores de segurança por meio da tecnologia. “O seminário sobre segurança pública nas cidades e a tecnologia é um fator importante para podermos melhorar ainda mais os nossos indicadores. O Brasil é um país continental e precisa ter nas suas fronteiras mais tecnologia para o controle do tráfico de armas e drogas. Nós, aqui em São Paulo, já implantamos um sistema chamado detecta, com mais de três mil câmeras inteligentes e trabalharmos juntos com o governo local” disse.

“Não há como trabalhar sem alta tecnologia, no sentido de segurança. Nos estados, a tecnologia tem sido um instrumento extraordinário para que São Paulo pudesse sair dos 13 mil homicídios para 3,8 mil no ano passado. Destaco a importância dos bons sistemas, a integração e a tecnologia para podermos avançar. Nós precisamos cada vez mais ter os municípios como parceiros na segurança pública. Ação policial se faz no território”, completou o governador Alckmin.

Além dos prefeitos Jonas Donizette e João Doria, participaram nesta quinta-feira do Latin America Safe City Summit 2017 o prefeito de Palmas/TO e vice-presidente da FNP, Carlos Amastha; de Aracajú/SE e vice-presidente de Relações com o Fóruns e Redes da FNP, Edvaldo Nogueira; de Vitória/ES e vice-presidente de Relações Internacionais da FNP, Luciano Rezende; de Ribeirão Preto/SP e vice-presidente de Gestão Pública da FNP, Duarte Nogueira; de Pará de Minas/MG e vice-presidente de Educação da FNP, Elias Diniz; de Aparecida de Goiânia/GO e vice-presidente estadual Goiás da FNP, Gustavo Mendanha; de Curvelo/MG e titular do Conselho Fiscal, Maurílio Soares Guimarães; de Jaguariuna/SP e vice-presidente de Juventude da FNP, Gustavo Reis; de Juazeiro/BA, Paulo Bomfim e Camboirú/SC, Elcio Rogério Kuhnen.

Redator: Rodrigo EneasEditor: Bruna Lima

A convite do Banco Mundial, o presidente do Conselho de Ex-Presidentes da Frente Nacional de Prefeitos (FNP), Marcio Lacerda, participou, na terça-feira, 30, em São Paulo/SP, do Fórum de Investimentos Brasil 2017, falando sobre “Oportunidades de Investimento em Serviços Sociais”. A palestra foi promovida pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (APEX), e pelos ministérios do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão e Relações Exteriores.

O ex-prefeito de Belo Horizonte/MG falou sobre a implantação da Parceria Público-Privada (PPP) da Educação, promovida na capital mineira, durante sua gestão. Essa PPP foi considerada um dos 100 projetos mais inovadores do mundo, segundo o relatório global Infraestrutura 100: Cidades Mundiais, apresentado pela empresa de consultoria internacional KPMG.

Marcio Lacerda ressaltou que o modelo é um sucesso absoluto de gestão pública. “O preço de construção das escolas não é mais caro do que o do modelo de construção tradicional. A obra das escolas é entregue, em média, em 10 meses, ao invés de 30 das obras tradicionais. O custo de operação desses serviços que eram terceirizados é mais barato nas escolas infantis. Então, esse projeto é absolutamente competitivo do ponto de vista financeiro.

O ex-prefeito comentou, ainda, sobre a qualidade do serviço após a entrega das escolas. “As administradoras, diretoras das escolas ficaram muito felizes com a qualidade e prontidão dos serviços e elas tendo muito mais tempo para administrar o serviço pedagógico. Já o corpo administrativo da prefeitura continua exatamente o mesmo sem nenhuma terceirização”, destacou.

Redator: Rodrigo EneasEditor: Livia Palmieri

O presidente da Frente Nacional de Prefeitos (FNP) e prefeito de Campinas/SP, Jonas Donizette, recebeu, na manhã desta quarta-feira, 17, documento proposto pelos participantes da Sala Temática 22, do IV Encontro dos Municípios com o Desenvolvimento Sustentável (IV EMDS), que tratou dos Desafios da Previdência Municipal.

O documento foi entregue pelo integrante da Coordenação Política do IV EMDS e ex-vice-presidente de Gestão Pública da FNP, Vladimir Azevedo, e do presidente da Associação das Consultorias de Investimentos e Previdência (ACINPREV), Celso Sterenberg, que atuaram na promoção e realização desta sala temática no EMDS.

O documento é composto por seis diretrizes de ações sustentáveis, como o apoio técnico coordenado pela União e a FNP para priorizar os ativos públicos para aporte nos Regimes Próprios de Previdência Social (RPPS) em déficit; plano de implantação dos Procedimentos Contábeis Patrimoniais; revisão da Resolução do Conselho Monetário Nacional 3922/2010, que cria um limite específico para aplicações em fundos de participações de infraestrutura (FIP-IE) e a revisão dos atuais prazos para parcelamento de dívidas derivadas de contribuições.

O RPPS é o regime previdenciário de cerca de 7,5 milhões de servidores públicos no Brasil. Estima-se que o déficit atuarial deste regime previdenciário alcança a ordem de R$ 4 trilhões de reais e que R$ 12,4 bilhões de reais é a dívida dos entes com parcelamento de contribuições previdenciárias.

Redator: Rodrigo EneasEditor: Rodrigo Eneas
Segunda, 15 Mai 2017 16:24

Jonas Donizette

Jonas Donizette

Jonas Donizette

Campinas/SP

Presidente da FNP 2019/2021

A FNP é entidade para aglutinar forças. Precisamos de mais Brasil e menos Brasília.

Jonas Donizette
Jonas Donizette

Campinas/SP

Presidente da FNP 2019/2021

José Fortunati

José Fortunati

Ex-prefeito de Porto Alegre/RS

Presidente da FNP 2013/2015

Após uma ampla pesquisa junto aos Prefeitos de todo o Brasil onde foi constatada a gritante falta de profissionais médicos para o atendimento das Unidades Básicas de Saúde da população mais carente, a FNP – Frente Nacional de Prefeitos lançou, em 2013, a campanha “Cadê o Médico” que culminou numa petição assinada por gestores municipais reivindicando uma ação urgente por parte do Ministério da Saúde.

Após longos e profundos debates com o Governo Federal e o Congresso Nacional foi aprovada a Lei 12.871 de 22/10/2013 criando o “Programa Mais Médicos para o Brasil” permitindo a contratação de médicos brasileiros e estrangeiros para darem cobertura a saúde básica em todo o território nacional. Os dados demonstravam que em 91,2% dos municípios da Região Norte havia falta de médico, que em mais de 700 cidades não contavam com um único médico para o atendimento e que mesmo nas grandes cidades, incluindo todas as capitais brasileiras, as unidades de saúde da periferia deixavam de prestar atendimento por falta de médicos. Cito como exemplo a cidade de Porto Alegre/RG, na qual era Prefeito, além de Presidente da FNP, no momento implantação do Programa: faltavam exatamente 115 médicos em unidades de saúde em bairros da periferia da Capital de todos os gaúchos.

Em julho de 2014, o Mais Médicos já estava “de vento em popa” com o aprovisionamento de 14.462 médicos brasileiros e estrangeiros atendendo em 3.785 municípios. Com o passar do tempo praticamente todos os municípios brasileiros passaram a contar com a presença do Programa Mais Médica sem levar em consideração a filiação partidária do seu prefeito.

O Programa que foi duramente atacado no seu início por entidades corporativistas e por aqueles que não desejam o sucesso do Sistema Único de Saúde no Brasil foi sendo rapidamente abraçado pela imensa maioria da população. Pesquisas realizadas pelos meios de comunicação atestam a grande aceitação do Mais Médicos em todo o território nacional.

Neste momento discute-se no Ministério da Saúde a continuidade do Programa Mais Médicos. O Ministro Ricardo Barros argumenta que se torna necessário priorizar a contratação de médicos brasileiros para o Programa. Sempre é importante lembrar que esta exigência está garantida desde o início do Mais Médicos. A primeira seleção foi feita exclusivamente com médicos brasileiros, mas, que infelizmente só atendeu a uma ínfima necessidade das cidades brasileiras. O Programa continuou dando preferência aos médicos brasileiros, mas abriu a possibilidade de que médicos estrangeiros também participassem do mesmo.

O importante é que o debate sobre a continuidade do “Programa Mais Médicos” não volte a ser atormentado com picuinhas ideológicas e que o Governo Federal garante a plena continuidade do mesmo. Se existirem médicos brasileiros em número suficiente e dispostos a trabalhar no interior deste imenso país e para a periferia das grandes cidades devemos garantir total prioridade a eles. Mas, isto não está acontecendo, o Ministério da Saúde não pode deixar de contratar médicos estrangeiros para que a população continue recebendo o atendimento do SUS. O que importa é que a população mais carente do nosso país receba o atendimento médico e de saúde tão fundamental para a sua sobrevivência, algo que só é garantido com a existência do SUS e o seu fortalecimento.

 

José Fortunati
José Fortunati

Ex-prefeito de Porto Alegre/RS

Presidente da FNP 2013/2015

Marcando o início das comemorações pelos 75 anos da instituição, que ocorrerá no dia 9 de julho, o Banco da Amazônia promoverá, no próximo dia 30 de maio, o evento "Diálogos Amazônicos: contribuindo para o desenvolvimento regional", planejado para estimular debates e reflexões, com a participação do poder público e da sociedade civil, para a interpretação dos determinantes das desigualdades regionais e à obtenção de subsídios à formulação de políticas de desenvolvimento mais efetivas para a Amazônia. O evento ocorrerá no auditório Rio Amazonas, na sede da instituição financeira, em Belém do Pará.

A ocasião marcará, ainda, o lançamento, na região Norte, do Prêmio Celso Furtado de Desenvolvimento Regional – 4ª Edição: Homenagem a Milton Santos, iniciativa do Ministério da Integração Nacional (MI) e do Centro Internacional Celso Furtado de Políticas para o Desenvolvimento. Idealizado para a reflexão, discussão e divulgação da Política Nacional de Desenvolvimento Regional (PNDR), para possibilitar a compreensão das desigualdades regionais brasileiras em seu atual estágio e identificar alternativas de desenvolvimento em diferentes abordagens, o Prêmio Celso Furtado é realizado desde o ano de 2010, contando, desde então, com o patrocínio do Banco da Amazônia.

Na primeira edição do “Diálogos Amazônicos”, estará em evidência o legado de Milton Santos, geógrafo que teve sua obra reconhecida internacionalmente por abordar, de forma crítica e provocante, temas como a globalização, a ideologização da vida social, além de ter contribuído para a noção de território como espaço das relações humanas.

Para falar sobre a produção intelectual de Santos, foi convidado o professor Saint-Clair Cordeiro da Trindade Júnior, um dos maiores estudiosos da obra do geógrafo baiano. Professor e pesquisador da Universidade Federal do Pará (UFPA), com doutorado em Geografia Humana pela Universidade de São Paulo (USP), Saint-Clair Trindade ministrará a palestra “Um olhar geográfico em perspectiva: a Amazônia na abordagem do espaço como instância social”.

Na ocasião haverá, também, o relato de experiência intitulado “O prêmio, a tese sobre estruturas espaciais urbanas e a influência de Milton Santos”, com Helena Lúcia Zagury Tourinho, professora e pesquisadora da Universidade da Amazônia (UNAMA), doutora em Desenvolvimento Urbano pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e vencedora da terceira edição do Prêmio Celso Furtado de Desenvolvimento Regional, na Categoria I – Produção do Conhecimento Acadêmico - Doutorado.

As inscrições para o evento "Diálogos Amazônicos: contribuindo para o desenvolvimento regional" são gratuitas e podem ser feitas no site www.bancoamazonia.com.br.

Editor: Rodrigo EneasMarta Moraes, Prêmio Celso Furtado (Ministério da Integração)

Imagine poder andar por uma rua com carros, ônibus e pedestres, todos juntos, em harmonia. Iluminação, calçadas adaptadas e drenagem nas vias. Além disso, boa sinalização, lixeiras, bancos e ciclovias. O IV Encontro dos Municípios com o Desenvolvimento Sustentável (EMDS), evento iniciado nesta segunda-feira, 24, em Brasília/DF, prova que os prefeitos estão em busca de boas ideias para seus municípios.

O projeto Ruas Completas, instalado na Expo Cidades, uma das atividades do IV EMDS, tem como proposta fazer um recorte de uma rua considerada ideal, com uma mostra de pavimentação, acessibilidade, mobilidade e calçadas. A realização do projeto é uma parceria entre a Frente Nacional dos Prefeitos (FNP), o Sindicato Nacional das Empresas de Arquitetura e Engenharia Consultiva (Sinaenco), a Associação Brasileira de Tecnologia para Construção e Mineração (Sobratema) e o WRI Brasil.

A diretora de Relações Estratégicas do WRI Brasil, Rejane Fernandes, acredita que a o segredo para o sucesso de uma boa rua é acertar no foco. "É preciso haver equilíbrio, mas o foco deve ser sempre as pessoas. Elas devem ser as protagonistas de uma rua completa." Para ela, a ideia de fechar ruas para carros e abrir somente para os pedestres pode ser atrativa para todos. "A maioria dos comerciantes acredita que o lucro maior vem de uma rua onde há grande movimentação de carros, e não é bem assim. Há ruas abertas somente para pedestres em Nova York, por exemplo, e que são lucrativas. Precisamos devolver as cidades para as pessoas", garante a diretora.

O prefeito de Amapá (AP), Carlos Duarte, visitou o projeto e garante que levará muitas ideias para seu município. "É importante a gente ter mais percepção das coisas, para vermos o que podemos levar como modelo." O prefeito reitera que iluminação é um item essencial para a população de seu município, que conta com quase dez mil habitantes. "Mas consideramos, também, que asfalto e drenagem são muito importantes. Mas para que tudo isso aconteça, é essencial que haja diálogo com a comunidade."

Acesso

As Ruas Completas são desenhadas para garantir acesso seguro a todos os usuários - sejam eles pedestres, motoristas, ciclistas ou usuários de transporte público. A intenção é que essa rua seja, além de tudo, sustentável e econômica. Para a rua ser completa, ela pode ter, entre outros, nivelamento das vias com as calçadas, acessibilidade, sinalização clara, faixas de segurança, ciclovias e boa iluminação. Essa última, aliás, é um dos itens mais importantes em uma via, na opinião de Rejane Fernandes. Boa parte dos municípios investe em iluminação nas estradas e se esquecem das vias com tráfego de pedestres. "Iluminação é fundamental, é uma forma de transmitir segurança", diz. No exemplo de rua ideal, a sugestão é a instalação de postes que captam luz solar. "Além da segurança, gera economia, pois eles se acendem somente quando é necessário", afirma.

Essa transformação das ruas em um lugar mais completo para todos pode - e deve - ser gradual. A coordenadora do projeto pelo WRI Brasil, Paula Santos, conta que oito cidades com mais de 250 mil habitantes foram selecionadas para terem um apoio direto na implantação de ruas completas. Todo o processo tem previsão de durar três anos. "Esses municípios foram escolhidos, entre outros requisitos, por serem considerados multiplicadores. Ou seja, a partir do exemplo deles, outros também poderão implantar melhorias em seus municípios", explica Paula. Para ela, o maior desafio não é o financeiro, já que soluções simples e baratas podem ser adotadas. "O maior entrave é político. A decisão de querer aderir ao projeto já é importante, mas é preciso uma boa gestão." As cidades estão espalhadas por todo o Brasil, sendo a maioria na região Nordeste.

Ainda para a coordenadora, é possível que todas as ruas sejam adaptadas para serem completas e enumera algumas que já realizaram melhorias. "As avenidas Paraná e Santos Dumont, em Belo Horizonte/MG, e Palhoças, em Santa Catarina, são bons exemplos."

Ruas Completas

No modelo instalado na Expo Cidades, os prefeitos e visitantes verão uma via com fachadas ativas, superfície paver (blocos intertravados de concreto) e concreto, sinalização, via compartilhada, iluminação na escala de pedestre, mobiliário, paraciclo, drenagem e jardim de chuva e piso tátil. O lançamento oficial do projeto será na quarta-feira (26), às 11h.

Redação: Jalila Arabi