Abertura do evento virtual, organizado pelo MDR nesta segunda, 20, reuniu autoridades e técnicos da área para debater ações emergenciais e a médio e longo prazo

Ações emergenciais e estratégicas de curto, médio e longo prazo para superar a crise no Brasil diante da pandemia foram abordadas nesta segunda-feira, 20, durante a abertura da Semana Nacional de Mobilidade Urbana 2021. Em evento virtual, transmitido pelo Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR), o prefeito de São José dos Campos/SP, Felício Ramuth, representou a Frente Nacional de Prefeitos (FNP) no debate, que reuniu autoridades e técnicos do setor.

Durante a abertura, a discussão foi em torno dos desafios e perspectivas para investimentos em infraestruturas de mobilidade urbana. Felício Ramuth, também vice-presidente na área pela FNP, ressaltou a situação do transporte público no país, que já enfrentava dificuldades mesmo antes da pandemia. “O sistema já vinha passando por momentos críticos antes disso. O transporte já estava perdendo passageiros para outras modalidades, como o transporte por aplicativo”, lembrou.

O custeio do sistema é “a grande dificuldade” hoje, segundo Ramuth. “É comum o cidadão comparar nosso sistema com o de outros países, como Paris, Copenhague, que contam com subsídios dos governos centrais. É muito importante a participação efetiva do governo central no custeio do transporte”, afirmou. Há alguns meses, a FNP vem conversando com representantes do governo federal e do Congresso Nacional sobre o assunto, a fim de articular uma proposta emergencial de financiamento para o transporte público. Saiba mais.

“Vemos com bons olhos os investimentos em infraestrutura e o setor de mobilidade urbana foi um dos que mais passaram por transformações. Mas só os prefeitos não conseguirão fazer essa mudança, precisamos cada vez mais a participação da sociedade e de discussões como essa”, finalizou o prefeito.

O evento contou ainda com a participação do ministro do MDR, Rogério Marinho. Segundo ele, “o transporte público é o vetor mais importante nesse processo de mudanças no mundo em que vivemos, aliado ao meio ambiente, à sustentabilidade, e isso precisa ser levado em consideração. É preciso pensar em alternativas de transportes ligados às vias de bicicletas, ônibus elétricos ou movidos a gás, metrôs, intervenções nas áreas urbanas no sentido de permitir maior fluidez de tráfego.”

Marinho disse que o governo federal havia separado um investimento de R$ 7 bilhões para o transporte, mas que, em decorrência da pandemia, houve “desequilíbrio financeiro.” “Ao longo desses mais de dois anos e meio, o governo tem feito ações para favorecer o Brasil inteiro. É um desafio enorme, mas espero que consigamos pensar em ações que permitam que, a médio prazo, possamos minorar os problemas de transportes nas cidades”, comentou.

Participaram ainda do evento virtual outros representantes do MDR, do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), da Controladoria-Geral da União (CGU), da Caixa Econômica Federal, da Confederação Nacional de Municípios (CNM) e do Senado Federal. 

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Os assuntos tratados neste texto estão localizados nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) 11 - Cidades e Comunidades Sustentáveis; 13 - Ação Contra a Mudança Global do Clima; 16 - Paz, Justiça e Instituições Eficazes; 17 - Parcerias e Meios de Implementação. Saiba mais aqui.