Para auxiliar na Estratégia de Parceria do Banco Mundial com o Brasil para os próximos seis anos, cerca de 40 prefeitos participaram de um diálogo, promovido pelo próprio Banco, na manhã desta terça-feira, 25, em mais uma das atividades do IV EMDS. Além da elaboração de um planejamento estratégico de atuação (2017-2023), técnicos em áreas específicas de atuação do Banco Mundial se colocaram à disposição dos prefeitos.
O presidente da Frente Nacional de Prefeitos (FNP), Marcio Lacerda, falou da importância da parceria com o Banco Mundial para subsidiar a gestão dos governantes locais. “A enorme capacidade técnica do Banco é importante para qualificar a gestão dos prefeitos. Além disso, aproveito a ocasião para sugerir ao banco que crie um modelo de curso permanente à distância com experiências bem-sucedidas que possam ser replicadas pelos municípios”, destacou Lacerda.
Durante a reunião, além de apresentar instrumentos de financiamento para o desenvolvimento das cidades, como as Parcerias Público-privadas, o economista chefe para o Brasil do Banco Mundial, Antonio Nucifora, destacou alguns objetivos da Estratégia de Parceria que está sendo traçada, como: fornecer serviços urbanos mais inclusivos e sustentáveis e promover o desenvolvimento socioeconômico de pequenos municípios. “Entre os objetivos, reduzir o risco de investimentos públicos e privados, aumentar o impacto das atividades de serviços de aconselhamento. A ideia é contribuir com análise de experiências internacionais e auxiliar os municípios brasileiros”, afirmou Nucifora.
O prefeito de Campinas/SP, Jonas Donizette, destacou que mobilidade urbana, saúde e segurança são as políticas públicas que mais demandam recursos falou da importância da disponibilidade e capacitação técnica do Banco Mundial. “Esse apoio técnico é de suma importância, temos um compromisso de continuar afinando a parceria do Banco Mundial com a FNP, fornecendo e compartilhando as experiências já bem sucedidas. A ajuda do Banco Mundial para nós é de extrema importância”, disse.
Para o prefeito de Fortaleza/CE, Roberto Cláudio, é necessário pensar em modelos de garantia que possam dar maior segurança jurídica aos municípios. Paul Procee, moderador da mesa, citou a capacitação dos gestores como uma das alternativas. “O papel do Banco Mundial, não só dos bancos públicos, é montar capacidade técnica, vejo isso como uma importante agenda”, acrescentou Procee.
“Nós criamos um conselho gestor de PPPs, interno da prefeitura, para dar segurança em todas as decisões. Isso foi possível com o PMI (Procedimento de Manifestação de Interesse) feito com o Banco Mundial. A atuação dos dois grupos (conselho e Banco Mundial) é um cenário ideal”, exemplificou Lacerda ao falar da sua experiência enquanto prefeito de Belo Horizonte/MG. “O que nós reivindicamos é que as cidades médias precisam de estrutura técnica para fazer PMI”, contou o presidente da FNP.
A atuação do Banco Mundial auxiliando os municípios do g100 (grupo que reúne cidades brasileiras com mais de 80 mil habitantes, baixa renda e alta vulnerabilidade socioeconômica) também foi apresentada durante a reunião pelo prefeito de Igarassu/PE, Mário Ricardo.
Ming Zhang, gerente setorial de Desenvolvimento Urbano e Gestão de Riscos de Desastres do Banco Mundial para a América Latina e o Caribe, falou da atuação do banco com os novos desafios das cidades. A resiliência urbana, financiamento municipal e a governança e gestão urbana foram os pontos citados por Zhang. “Hoje é uma oportunidade grande nesse espaço e espero poder trabalhar com muitos de vocês no futuro”, disse.
O coordenador de Operações Setoriais para o Brasil nas áreas Social e de Redução da Probreza, Pedro Olinto; a especialista sênior e gerente de projetos na área de Transporte e Mobilidade, Bianca Alves; o especialista sênior em Energia e Mudanças Climáticas, Chistophe de Gouvello; e o especialista sênior e gerente de projetos na área de Saneamento, Tadeu Abicalil, também participaram do encontro.