19/05/25

FNP protocola consulta no Conselho Nacional de Justiça sobre regime especial de pagamento de precatórios

Rômulo Serpa/Agência CNJ FNP protocola consulta no Conselho Nacional de Justiça sobre regime especial de pagamento de precatórios FNP protocola consulta no Conselho Nacional de Justiça sobre regime especial de pagamento de precatórios

Com a pressão crescente sobre os orçamentos municipais, a consulta propõe um caminho de equilíbrio entre a responsabilidade fiscal, a efetividade na quitação de precatórios e a estabilidade normativa.



A Frente Nacional de Prefeitas e Prefeitos (FNP) protocolou, após deliberação da sua Assembleia durante a 87ª Reunião Geral realizada no último mês de abril, uma consulta formal ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ) com o objetivo de obter esclarecimentos sobre a aplicação do regime especial de pagamento de precatórios, especialmente no que diz respeito aos artigos 97 e 101 a 105 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias (ADCT) e à Resolução CNJ nº 303/2019.

A consulta foi liderada pelo prefeito de Santo André/SP, Gilvan Júnior, vice-presidente de Precatórios da Frente, que destacou a urgência de uniformizar a interpretação das regras e enfrentar os desafios que dificultam o cumprimento das obrigações por parte dos municípios.

“É fundamental criar alternativas viáveis para que as gestões locais possam pagar suas dívidas judiciais de forma responsável e sustentável”, disse Gilvan.


O documento apresentado ao CNJ reúne onze pontos centrais, como o uso de depósitos judiciais, compensações de créditos, acordos diretos com credores, cálculo da Receita Corrente Líquida (RCL) e aplicação das sanções previstas no art. 104 do ADCT. Também aborda aspectos federativos importantes, como transparência nos planos de pagamento e a representatividade dos municípios no Comitê Nacional de Precatórios.


A iniciativa da FNP tem dupla relevância: busca promover segurança jurídica por meio da padronização interpretativa de normas, que hoje são aplicadas de forma desigual, e reforça a cooperação institucional entre as esferas de governo, com respeito à autonomia dos entes federativos e atenção à realidade fiscal dos municípios.

Com a pressão crescente sobre os orçamentos municipais, a consulta propõe um caminho de equilíbrio entre a responsabilidade fiscal, a efetividade na quitação de precatórios e a estabilidade normativa.

 

Mais nesta categoria: