Municípios registram falta de insulina pelo programa Farmácia Popular, do governo federal, e do fumarato de dimetila, fornecido pelas Farmácias de Alto Custo, sob gestão dos estados
A Frente Nacional de Prefeitas e Prefeitos (FNP), por meio de seu presidente Edvaldo Nogueira, prefeito de Aracaju/SE, e seu vice-presidente de Saúde, Dário Saadi, prefeito de Campinas/SP, enviou enviou um ofício para a ministra da Saúde, Nísia Trindade, relatando a preocupação dos municípios com a falta do medicamento fumarato de dimetila, para tratamento da esclerose múltipla, e a dificuldade da população em ter acesso à insulina fornecida no âmbito das Farmácias Populares.
O documento foi enviado nesta quinta-feira, 28. A FNP reúne cidades com mais de 80 mil habitantes, incluindo todas as capitais.
Qual a situação?
O fumarato de dimetila é fornecido por Farmácias de Alto Custo, sob gestão dos estados.
O ofício da FNP destaca que a indisponibilidade do medicamento tem comprometido a continuidade dos tratamentos dos pacientes.
O Ministério da Saúde, antes disso, já havia respondido que o desabastecimento ocorreu em virtude da falha em um pregão eletrônico realizado em julho de 2024 e pelo tempo necessário para realizar nova licitação, atualmente em fase de seleção de fornecedores, com previsão de distribuição após término do processo.
"Apesar dos esforços informados, os municípios continuam sem previsão concreta de uma alternativa para atender os pacientes que necessitam do medicamento no período de transição, o que tem causado insegurança para usuários e gestores. Reiteramos a urgência em informar se há soluções alternativas ou provisórias para suprir a demanda até a regularização do fornecimento", destaca trecho do ofício.
Em relação à falta de insulina na rede privada pelo Programa Farmácias Populares, do governo federal, Dário e Edvaldo destacam preocupação com reflexos.
"Pedimos esclarecimentos quanto à logística de distribuição desse item e as medidas que estão sendo tomadas para regularizar o abastecimento", diz o texto.