21/06/24

Importância do Plano de Governo na Gestão Municipal: Um guia para pré-candidatos

Nesta sexta-feira, 21, o 11º webinário do Tendências para as Cidades trouxe à tona um tema crucial para as próximas eleições municipais: a elaboração de Planos de Governo eficientes. Com o título "Como elaborar Planos de Governo?", o evento contou com a participação de renomados especialistas no campo das políticas públicas e gestão municipal.

O Plano de Governo, embora seja um documento obrigatório a ser apresentado à Justiça Eleitoral, vai muito além de uma formalidade burocrática. Ele desempenha um papel fundamental ao estabelecer as diretrizes e metas que guiarão a administração de uma futura gestão municipal. Segundo os palestrantes do webinário, entre eles Paulo Miotta, ex-prefeito de Amparo/SP, e Vivian Satiro, ex-secretária de Planejamento de São Paulo/SP e Alberto Mendes, economista graduado e pós-graduado pela Unicamp, negligenciar a elaboração cuidadosa deste plano pode comprometer não apenas a eficácia das políticas públicas, mas também a competitividade eleitoral.

De acordo com os palestrantes, não há uma fórmula única para a construção de um Plano de Governo, o que abre espaço para criatividade e adaptação às necessidades específicas de cada município. No entanto, alguns elementos-chave foram discutidos durante o evento:

Diagnóstico Realista: Compreender profundamente os desafios e potenciais da cidade é o ponto de partida. Isso envolve análise de dados, consulta à população e avaliação das políticas públicas vigentes; Metas Claras e Mensuráveis: As propostas devem ser específicas, mensuráveis, alcançáveis, relevantes e temporais (critério SMART), para garantir que sejam viáveis e possam ser avaliadas ao longo do mandato. Participação Cidadã: Incluir mecanismos que promovam a participação dos cidadãos na elaboração e implementação do plano aumenta sua legitimidade e eficácia. Viabilidade Financeira: Considerar a sustentabilidade financeira das propostas é essencial para evitar promessas vazias e frustrações futuras.

“Não dá para criar um plano genérico, tem que olhar para o território”, frisou Paulo Miotta.

“Os dados hoje são a espinha dorsal das campanhas. Com essas informações elaboramos a Comunicação e o Marketing, por exemplo”, disse Vivian Satiro.

“O plano de governo é uma peça política. É complexa e que deve ser vista como uma ferramenta político-eleitoral”, ressaltou Alberto Mendes.

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