11/06/24

FNP promove debate sobre como reduzir mortes e lesões no trânsito

Debatedores ressaltam o debate público e da implementação de ações concretas para a mitigação de sinistros no trânsito no Brasil

No último webinário da Frente Nacional de Prefeitas e Prefeitos (FNP), especialistas se reuniram para discutir uma questão premente: como reduzir mortes e lesões no trânsito, em uma nação que enfrenta altos índices de fatalidades nas vias. A 8ª edição do webinário "Tendências para as Cidades" destacou a importância da segurança viária e as medidas necessárias para mitigar esse problema de saúde pública.

Entre os debatedores estavam Danielle Hoppe, gerente de mobilidade ativa do Instituto de Políticas de Transporte e Desenvolvimento (ITDP) Brasil, Lucas Lima, gerente de Relações Institucionais na Ambev, e Bruno Rizzon, coordenador de Planejamento da Mobilidade do WRI Brasil.

Hoppe trouxe à tona uma realidade alarmante: o Brasil lidera em mortes absolutas no trânsito. Segundo ela, a segurança viária não é apenas uma questão de mobilidade, mas sim uma prioridade fundamental. Durante sua intervenção, ela destacou a necessidade de políticas eficazes nesse campo, mudança de paradigmas, fiscalização de limites adequados e medidas para gestão de velocidade. Além disso, ressaltou a importância de promover modalidades mais seguras de transporte, como o transporte a pé, que representa 39% do total, e o transporte coletivo, que corresponde a 28% do modal mais utilizado no Brasil.

Lucas Lima, da Ambev, compartilhou sobre o projeto Antecipa – Tráfego Inteligente, enfatizando a importância do diálogo com as entidades responsáveis pela tomada de decisões para implementar soluções inovadoras e eficazes.

Bruno Rizzon do WRI Brasil levantou números impactantes: uma média de 36.118 pessoas morrem anualmente no trânsito brasileiro, o equivalente a aproximadamente 100 vidas perdidas por dia. Mais de metade dessas fatalidades, 53,86%, são de pedestres, ciclistas e motociclistas. Ele destacou a necessidade urgente de ações concretas, como o Plano Nacional de Redução de Mortes e Lesões no Trânsito até 2030 (Pnatrans) e a Política Nacional de Mobilidade Urbana. Rizzon ressaltou a importância de um ambiente de mobilidade que minimize os riscos para os usuários, reconhecendo a vulnerabilidade do corpo humano aos impactos e a necessidade de um sistema que minimize as consequências de erros humanos.

Diante dessas discussões, fica evidente a urgência de medidas eficazes e coordenação entre entidades governamentais, instituições privadas e sociedade civil para transformar o cenário do trânsito no Brasil e garantir um futuro mais seguro e sustentável para todos.

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