12/04/23

Abastecimento de inseticidas para combate à dengue deve ser regularizado em maio

FNP vem alertando desde março sobre a falta do item utilizado no processo de nebulização, popularmente conhecido como “fumacê”

Um novo inseticida para o combate a arboviroeses transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti, como dengue, zika e chikungunya, deve chegar aos municípios em maio. Foi o que afirmou a secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente (SVSA), do Ministério da Saúde, Ethel Maciel, ao prefeito de Campinas, Dário Saadi, nessa terça-feira, 11.

O atraso no cronograma, registrado desde o ano passado, deve se regularizar com a chegada do Fludora Co-Max. Segundo Ethel, o novo produto adquirido pelo governo federal é menos agressivo ao meio ambiente e tem menos impacto em animais. Além da medida prática, a secretária também anunciou que na próxima semana já deve ser veiculada em rede nacional uma campanha de combate ao mosquito.

Na reunião, Saadi, que é vice-presidente de Saúde da Frente Nacional de Prefeitos (FNP), lembrou que a entidade tem alertado a falta do insumo. Em ofício enviado à Ministra da Saúde, Nísia Trindade, dirigentes da FNP manifestaram especial preocupação porque a situação ocorre em um cenário epidemiológico desfavorável. “Nesta época do ano há alto índice pluviométrico e expressivo aumento de casos de dengue, mesmo realizando ações de controle mecânico (retirada de possíveis criadouros; comunicação e informação em saúde; mobilização, participação social e educação em saúde)”, de acordo com o documento enviado em março.

Conforme o prefeito reforçou, o que está em falta é o insumo utilizado no processo de nebulização, o chamado fumacê, que serve para o combate a mosquitos adultos. “Em São Paulo, por exemplo, só há inseticidas para nebulização com maquina costal. E , nos bairros com alta transmissão, há necessidade de nebulização veicular”, esclareceu.

Centro de Operações Emergenciais (COE)
Em março, o Ministério da Saúde anunciou a instalação do COE Arboviroses, uma estrutura para monitoramento de mortes e casos graves de dengue, zika e chikungunya no território nacional. Além de ações em todos os estados, a secretária Ethel afirmou que a pasta está fazendo repasses financeiros maiores para estados em situação emergencial.

Atualmente, os estados Bahia, Espírito Santo, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Rio de Janeiro, Rondônia, Santa Catarina, São Paulo e Tocantins já registram índices alarmantes de casos prováveis dessas doenças.

Levantamento do Ministério da Saúde, divulgado no dia 6 de abril, aponta que há registro de casos prováveis de dengue em 4230 cidades brasileiras. A atual incidência da doença é de 278 casos a cada 100 mil pessoas, um aumento de 43% nos casos em relação ao mesmo período do ano passado.

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