Grupo deve promover encontro em Niterói no próximo mês
A agenda climática voltou a ser assunto de dirigentes da Frente Nacional de Prefeitos (FNP) nesta quarta-feira, 15, que se reuniram em Brasília/DF. Integrantes da comissão permanente da FNP - Cidades Atingidas ou Sujeitas a Desastres trataram de estratégias de trabalho para 2023.
Com apoio da FNP e do WRI Brasil, a comissão deve reunir prefeitas, prefeitos e gestores municipais no próximo mês para detalhar a pauta e buscar as melhores formas de atuação junto ao governo federal. O objetivo do encontro, que deve acontecer em Niterói/RJ, é discutir as formas de interlocução com representantes de ministérios afeitos a agenda.
Para o prefeito do município fluminense, Axel Grael, vice-presidente de Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da FNP, é importante organizar a agenda para que os municípios tenham “capacidade de resposta mais integrada e regionalizada”. O governante local também ressaltou a importância da capacidade de resiliência das cidades e o incentivo à cooperação entre as cidades.
A prefeita de Francisco Morato/SP, Renata Sene, presidente da Comissão e vice-presidente de Parcerias em ODS da FNP, comentou a postura do governo federal durante a 84ª Reunião Geral da FNP quanto ao tema e afirmou que “a narrativa do presidente [Lula] e do ministro [Waldez Goes] está em sintonia com prefeitas e prefeitos”. Tanto o governo federal quanto os governos locais querem um plano nacional para o enfrentamento aos efeitos das mudanças climáticas.
O secretário-executivo da FNP, Gilberto Perre, reforçou que a agenda é fundamental e a incorporação de casos, como o do litoral Norte de São Paulo e agora, mais recente, em Manaus, demonstram que essa iniciativa da Comissão é inescapável. “Estamos em processo de construção de um diálogo que veio para ficar”, falou.
O prefeito de Itabirito/MG, Orlando Caldeira, que compartilhou sua experiência com a construção de uma estrutura de 95 metros de altura e 330 metros de comprimento, para aumentar a segurança das pessoas que vivem em comunidades próximas às barragens. Além da população de Itabirito, o muro protege os municípios de Raposos, Rio Acima e Nova Lima, e três bairros de Belo Horizonte.
Também participaram da agenda Patrícia Menezes, de Barcarena/PA, que enfatizou e importância de tratar a resiliência de uma forma mais ampla, para além da gestão de riscos associada a eventos climáticos, o secretário de Defesa Civil e Geotécnica de Niterói, coronel Walace Medeiros, a secretária de Fazenda de Itabirito, Rane Curto, o gerente de Desenvolvimento Urbano do WRI, Henrique Evers, e Fernanda Maschietto, consultora do WRI Brasil.