Encontro foi realizado com apoio de parceiros e destacou o financiamento de projetos com economia de recursos e diminuição de impactos ambientais

Gastos com energia são a segunda maior despesa no orçamento dos municípios, perdendo apenas para a folha de pagamento. A informação foi apresentada durante o debate virtual “Como financiar projetos urbanos verdes – exemplos do setor da eficiência energética de municípios brasileiros”, promovido pela Frente Nacional de Prefeitos (FNP) e parceiros, nesta sexta-feira, 13. O evento apresentou alternativas de financiamento de projetos e Parcerias Público-Privadas (PPPs) de eficiência energética com economia de recursos e diminuição dos impactos ambientais.

Na pauta, alternativas de infraestrutura verde, opções de financiamento, formas de estruturação e exemplos de iniciativas em andamento. A demanda para discutir o tema partiu dos próprios municípios, que estão enfrentando os impactos da mudança do clima e a necessidade de criar e adaptar a infraestrutura urbana para melhorar a qualidade de vida dos cidadãos.

O prefeito de Ribeirão Preto/SP, Duarte Nogueira, secretário-geral da FNP, afirmou que “nós, prefeitos, somos bastante cobrados. Costumo compartilhar que os problemas do Brasil são os problemas das cidades brasileiras”. Para ele, é preciso investir cada vez mais em iniciativas verdes. “Se pudermos realizar ações como essas nos municípios, conseguiremos avançar e resolver problemas em larga escala. Precisamos pensar em projetos mais respeitosos ao clima, esse tipo de discussão é um dos elementos que nos devolvem para as boas soluções do planeta e das cidades.”

O secretário-executivo da FNP, Gilberto Perre, participou do encontro e destacou que “esse é um assunto que preocupa as cidades. A FNP acompanha esse tema de longa data. Em 2015, acompanhei prefeitos na COP em Paris e sabemos do compromisso de todos eles com essa agenda”, lembrou. Saiba mais.

De acordo com Perre, é preciso criar um ambiente favorável para que os municípios invistam nesses projetos com baixo impacto ambiental e garantiu que a FNP está atenta a isso. “Projetos bem feitos são condição necessária, mas não suficiente para se chegar ao cabo de investimentos nas cidades. É preciso observar ajustes em leis, condições de contratação, acompanhamento, e tudo isso está no nosso radar, sempre numa troca frutífera com secretários e gestores nos fóruns municipais.”

Durante o encontro, alguns municípios compartilharam experiências em eficiência energética. Curitiba/PR mostrou um pouco sobre o Programa Curitiba Mais Energia, que incentiva a implantação em espaços públicos de tecnologias que privilegiam o uso de fontes renováveis para a produção de energia. Uma das ações transformou o aterro sanitário municipal em usina de energia solar.

Já a prefeitura de Belo Horizonte/MG apresentou o projeto nas estações de integração do sistema de transporte local, para reduzir a emissão de gases, reduzir custos e buscar fontes de energia sustentável, entre outros. O município de Salvador/BA também apresentou uma boa prática que envolve preocupação com as mudanças climáticas. Entre elas, a construção de novas escolas projetadas já com sistema fotovoltaico, investindo na sustentabilidade.

Os mais de 100 participantes foram divididos em grupos para elencarem desafios na implementação de projetos de eficiência energética. A discussão contou ainda com a participação de João Fávaro e Sarah Habersack, da GIZ; Alexandre Schinazi, da Mitsidi; e Bárbara Barros, da C40 Cities. Mais informações: Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo..