Governo Federal, por meio do Ministério da Saúde, vai ampliar o programa Mais Médicos para 1.500 municípios brasileiros. O novo edital já está aberto e integra 424 cidades que ainda não participam do programa. Confira o documento na íntegra aqui.
Segundo o ministro da Saúde, Arthur Chioro, essa é a oportunidade de ampliar ou aderir ao programa Mais Médicos. “Portanto, hoje, o edital vai permitir que 1500 municípios brasileiros possam dizer, até o dia 29, se querem ou não querem ampliar o número de médicos ou começar a participar do programa Mais Médicos”, afirmou.
Municípios e médicos terão até os dias 28 e 29 de janeiro, respectivamente, para confirmar sua participação e efetuar a inscrição no sistema do Programa. As prefeituras do Provab 2014, que encerra em fevereiro, e aquelas de maior vulnerabilidade econômica e social Estão aptas a aderir ao programa.
Foram priorizadas, por exemplo, as cidades com 20% de sua população em extrema pobreza, com IDH baixo e muito baixo, localizadas no semiárido, Vales do Jequitinhonha, Mucuri e Ribeira e nas periferias de capitais e regiões metropolitanas. Também foi garantida expansão para os distritos indígenas. “Chegou a hora de fazer os aprimoramentos e dar oportunidade para aqueles municípios que precisam, que tem capacidade de receber esses médicos e que precisam garantir atendimento básico à população que depende do SUS”, destacou o ministro.
Balanço
Criado em 2013, a partir de uma reivindicação da Frente Nacional de Prefeitos (FNP), o programa Mais Médicos passou a atender a população de quase 4 mil municípios e 34 Distritos Sanitários Indígenas (DSEIs). Cerca de 50 milhões de brasileiros são beneficiados. O g100 (grupo dos cem municípios populosos com baixa receita per capita e alta vulnerabilidade socioeconômica), idealizado pena FNP, teve prioridade no programa.
No eixo de infraestrutura, o governo federal está investindo na expansão da rede de saúde. São R$ 5,6 bilhões para o financiamento de construções, ampliações e reformas de Unidades Básicas de Saúde (UBS) e R$ 1,9 bilhão para construções e ampliações de Unidades de Pronto Atendimento (UPAs).
Em julho de 2014 foi autorizada, pelo Governo Federal, 2.822 novas vagas de residência. A abertura de novos cursos e vagas de graduação levou em conta a necessidade da população e a infraestrutura dos serviços – com isso, mais faculdades surgirão em localidades com escassez de profissionais, como no Nordeste e no Norte do país, e em cidades do interior de todas as regiões brasileiras.
Tais medidas preveem a criação, até 2017, de 11,5 mil novas vagas de graduação em medicina e 12,4 mil vagas de residência médica para formação de especialistas até 2018 com o foco na valorização da Atenção Básica e outras áreas prioritárias para o SUS.
Já foram autorizadas 4.460 novas vagas de graduação, sendo 1.343 em instituições públicas e 3.117 em instituições privadas, além da seleção de 39 municípios para criação de novos cursos. Em 2014, o governo federal autorizou 2.822 novas vagas de residência.