Nós, prefeitos e prefeitas latino-americanos, reunidos na XX Cúpula da Mercocidades, em São Paulo/SP, acolhemos esta moção de apoio às vitimas e aos municípios atingidos pelo rompimento das barragens no estado de Minas Gerais, Brasil.
Diante dos inestimáveis estragos provocados pelo rompimento das barragens do Fundão e Santarém, que pertencem à mineradora Samarco, em Mariana, no dia 5 de novembro, as prefeitas e os prefeitos presentes na Cúpula de Mercocidades além de prestar solidariedade às vitimas, familiares e amigos, defendem que será necessário propor e executar ações ainda mais efetivas para a resiliência das cidades.
A atividade da exploração mineral é uma riqueza finita, e que deve se refletir em conquistas perenes para as cidades onde estão instaladas e nos municípios vizinhos.
Por isso, nós prefeitos, defendemos uma divisão mais equitativa dos benefícios econômicos dessas atividades que impactam nos territórios de forma tão agressiva.
A tragédia já atingiu, com a enxurrada de lama, e continua afetando, com os prejuízos da contaminação do Rio Doce e o desabastecimento de água, pelo menos 15 cidades nos estados de Minas Gerais e Espírito Santo. Além do incalculável valor da perda de vidas humanas, trouxe imensurável desastre ecológico, econômico e social para municípios e os estados de Minas Gerais e Espírito Santo.
Frente a esse cenário, os prefeitos e prefeitas defendem a necessidade iminente de reunir esforços para a construção efetiva de cidades resilientes. Para isso, propõe avanços no debate entre municípios e governos regionais e nacionais para resultados ainda mais efetivos.