Parceria com Área Metropolitana de Barcelona (AMB) tem como objetivo fortalecer o conhecimento e o debate sobre modelos, estruturas e desafios da governança metropolitana no Brasil
No Brasil, existem 82 regiões metropolitanas, que abrigam cerca de 60% da população. No entanto, complexidade das relações interfederativas e outros desafios que dificultam a gestão e prestação de serviços. É nesse contexto que a Frente Nacional de Prefeitas e Prefeitos (FNP) lançou, nesta quarta-feira, 21, o projeto “Governança metropolitana: modelo, desenvolvimento e gestão de serviços públicos às metrópoles brasileiras”, em parceria com a Área Metropolitana de Barcelona (AMB).
O prefeito de Guarulhos/SP, Guti, vice-presidente de regiões metropolitanas da FNP, participou da abertura do evento. Ele falou sobre a expectativa de tornar a agenda mais palpável e conseguir resolver de forma mais rápida os problemas das regiões e da população que nelas vivem. “Quero agradecer a FNP e a AMB por estarem impulsionando essa questão”, disse.
Também participaram os prefeitos de Ribeirão Preto/SP, Duarte Nogueira, vice-presidente de Relações com o Congresso; de Contagem/MG, Marília Campos, vice-presidente de Democracia Participativa; de Novo Hamburgo/RS, Fátima Daudt, vice-presidente de Habitação.
Segundo o coordenador de articulação política da FNP, Jeconias Junior, essa parceria entre as instituições ocorre em um momento importante: a constatação da escalada do tema metropolitano e do seu impacto na prestação dos serviços públicos. “Nossa intenção é fazer estudos para ter acúmulo e propor modelos de governança metropolitana para o país”, explicou.
Ainda conforme Jeconias Junior, para isso, o projeto deve identificar e consolidar boas práticas no país e, “com mais ousadia, propor ao final dessa caminhada, um conjunto de alternativas que deem à federação brasileira conforto para operar a questão metropolitana com segurança jurídica”, declarou. A iniciativa foi desenhada tendo como base o projeto AcessoCidades.
“O projeto AcessoCidades, centrado na mobilidade, levou a gente a falar de governança metropolitana. Não tem outro jeito de poder trabalhar a mobilidade, de forma realmente estratégica, eficiente, sustentável, equitativa, inclusiva e segura. O olhar metropolitano é importante quando falamos de transporte”, declarou Maria Peix, chefe de Cooperação Internacional da AMB.