Gilberto Perre participou, nesta quarta-feira, de um dos painéis do Fórum de Mobilidade Urbana, promovido pela ANPTrilhos
“Prefeitas e prefeitos deliberaram por solicitar ao Governo que a pauta prioritária para o Conselho da Federação seja a da mobilidade urbana”. A afirmação é do secretário executivo da Frente Nacional de Prefeitos (FNP), Gilberto Perre, durante o Fórum de Mobilidade Urbana, promovido pela ANPTrilhos, nesta quarta-feira, 24, em Brasília/DF.
O Conselho da Federação é instância proposta pela FNP e já decretada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e tem como propósito ser um espaço para que os três Entes da federação possam processar agendas estratégicas e estruturantes para o país. No caso de agendas como a mobilidade urbana, Perre avalia que decisões "precisam vir de uma pactuação desses governantes, eleitos, para que essa agenda possa ser processada”.
Segundo o ministro das Cidades, Jader Barbalho Filho, é preciso discutir mobilidade de maneira geral. “Tenho tido algumas discussões com a Frente Nacional de Prefeitos, com outros ambientes e outros responsáveis pela mobilidade do nosso país, pois o nosso modelo passa por um momento cada vez mais crítico. Se juntos não pudermos discutir, não fizermos esse debate de maneira objetiva, resolutiva, todos pagaremos no futuro por falta desta discussão”, disse o ministro durante seu pronunciamento na abertura do evento.
Dirigentes da FNP tem buscado alternativas de financiamento para o setor. Semana passada, prefeitos estiveram em Brasília para uma série de agendas ressaltando a importância de uma construção conjunta para arcar com os custos do setor. Como ressaltou Gilberto Perre durante o Fórum de Mobilidade, já é uma informação de domínio público o fato de as receitas tarifárias não serem suficientes para sustentar os sistemas.
Nesse sentido, governantes das médias e grandes cidades defendem que o Governo Federal continue aportando recursos para o setor. Gilberto Perre mencionou que é um avanço a participação Federal no repasse de R$ 2,5 bilhões, em 2022, para custear a gratuidade dos idosos com mais de 65 anos. “O Governo já está na mesa, entendendo que é preciso participar do custeio dos sistemas, porque esse é o modelo que prevalece no mundo todo”, destacou.