Botão do pânico, adesivos que exigem respeito e até mesmo estratégias de fuga em estabelecimentos comerciais. As alternativas são uma resposta a dados alarmantes sobre o assédio sexual.
Belo Horizonte/MG e Vitória/ES são exemplos de capitais que instituíram o Botão do Pânico, um dispositivo de segurança preventivo para auxiliar as mulheres em situação de violência doméstica. Na capital capixaba, os equipamentos ficam com mulheres que se sentem ameaçadas. Em seis anos de implementação, a política já atendeu 86 vítimas e resultou em 11 prisões em flagrante. Em Belo Horizonte, o sistema é diferente: os botões foram instalados nos ônibus, em 2018, e, desde então, resultou na detenção de 14 suspeitos. Saiba mais aqui e aqui.
Com a #PrimeiroAssedio, no Twitter, a ONG Olga deu início a uma campanha para que mulheres contassem suas histórias. A motivação foi quando uma menina de 12 anos foi alvo de comentários de cunho sexual na internet durante sua participação em um reality show de culinária. De acordo com a ONG, as respostas identificaram que a idade média do primeiro assédio é de 9,7 anos – e 65% dos crimes são cometidos por conhecidos. Clique aqui e conheça.
Outra campanha de grande repercussão foi a “Não é Não”, que ganhou o Brasil inteiro, a partir do Carnaval de 2018. Um grupo de amigas saiu distribuindo tatuagens temporárias contra investidas inconvenientes e abusivas, nas maiores festas do Brasil. A mensagem é tão forte que, mesmo passado dois Carnavais, a frase continua sendo proferida pelas mulheres. Saiba mais aqui.
O governo na Bahia também propôs uma iniciativa de combate ao assédio contra mulheres. A campanha “Respeita as Mina” extrapolou o Carnaval e atualmente é parte da estratégia de gestão de políticas públicas no estado. Acesse aqui e entenda.
Bares e boates também têm apresentado campanhas. O Cuco Bistrô, em Salvador/BA, é um exemplo que oferece um código secreto às mulheres que se sentem ameaçadas. Lá, quando uma mulher pede o drink Fusuê, alguém do próprio bar oferece o auxílio necessário para que possam sair da situação de perigo.