Presidente do Instituto deve participar da 76ª Reunião Geral da FNP
"Vai ser muito importante ter esse apoio das grandes cidades [para o Censo 2020]. ” A afirmação é da presidente do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Susana Cordeiro Guerra, que esteve na sede da Frente Nacional de Prefeitos (FNP), nesta quinta-feira, 29, falando sobre mudanças na pesquisa de 2020.
Faltando menos de um ano para o início do Censo 2020, Susana falou sobre a alteração na metodologia da pesquisa, que teve uma redução de 32% no número de perguntas. “Nosso objetivo com esses ajustes foi garantir o papel demográfico do Censo”, disse. Segundo ela, o Instituto está em fase de preparação para o Censo Experimental 2019, que é como um “ensaio geral” para avaliar e aperfeiçoar a operação censitária.
O secretário-executivo da FNP, Gilberto Perre, afirmou que o IBGE pode contar com o apoio das médias e grandes cidades para a realização do Censo e convidou a presidente para falar, pessoalmente, com os prefeitos, durante a 76ª Reunião Geral da entidade. “Vou fazer de tudo para poder estar lá”, aceitou Susana, que também destacou a importância de os governantes estarem alinhados com esse novo modelo de coleta.
A expectativa é de que o órgão apresente, durante o encontro de prefeitos, que ocorrerá em Salvador/BA, de 8 a 11 de outubro, um calendário de reuniões de planejamento e acompanhamento dos resultados do Censo. O objetivo é envolver o executivo e legislativo municipal no processo.
Perfil populacional das cidades
Gilberto Perre voltou a falar sobre a tendência da concentração populacional nas médias e grandes cidades e, diante disso, a indispensável revisão nos critérios de partilha do Fundo de Participação Municipal (FPM). É o caso do g100, recorte feito pela FNP, dos municípios acima de 80 mil habitantes e com alta vulnerabilidade socioeconômica.
“Queremos entender essa dinâmica populacional para que a gente possa nos preparar para ‘Mais Brasil, Menos Brasília’ olhando para frente, não pelo retrovisor”, falou. Para isso, o secretário-executivo da FNP acredita que dados técnicos são importantes para pensar em planos que atendam ao futuro”. O IBGE precisa nos ajudar a desmontar essa máxima que permanece até hoje de que cidades grandes são ricas e cidades pequenas, pobres”, concluiu.