24/04/17

Ciclo de Minicursos TUMI inicia com mensagem para as cidades: “Precisamos ir além do tradicional”

Divulgação FNP Ciclo de Minicursos TUMI inicia com mensagem para as cidades: “Precisamos ir além do tradicional”

Na África, na Ásia e na América Latina, cidades em desenvolvimento buscam soluções para qualificar os sistemas de transporte e a mobilidade urbana como um todo. Desse desafio, nasceu a Iniciativa Transformadora da Mobilidade Urbana (TUMI). Lançada no ano passado durante a Habitat III, em Quito, a inciativa chega agora ao Brasil com o objetivo de apoiar os esforços de cidades de países em desenvolvimento em atividades relacionadas à mobilidade sustentável na transição para a economia de baixo carbono.

Ao longo desta semana, o Ministério Federal de Cooperação Econômica e Desenvolvimento da Alemanha, a GIZ e o WRI Brasil, que deram origem ao TUMI em 2016, realizam em Brasília o Ciclo de Minicursos TUMI, como parte da programação do IV Encontro dos Municípios com o Desenvolvimento Sustentável (EMDS). Gestores e secretários municipais, pesquisadores, estudantes e representantes de organizações da sociedade civil acompanham de hoje (24) até quarta-feira (26) uma série de capacitações em temáticas urbanas vitais para o desenvolvimento sustentável, como eficiência energética, mobilidade ativa, segurança viária, gestão de demanda de viagens, participação social e Desenvolvimento Orientado ao Transporte Sustentável (DOTS).

Na cerimônia de abertura, os discursos convergiram a uma das mais urgentes necessidades das cidades hoje: o financiamento de projetos sustentáveis de mobilidade e desenvolvimento urbano. “Quando pensamos na mobilidade urbana, o financiamento automaticamente também se torna uma questão central. Em um contexto de carência de recursos, temos o desafio de reinventar os mecanismos de financiamento, e é por isso que estamos aqui. Precisamos aproveitar o momento, que é favorável ao planejamento, e ir além do tradicional na busca de recursos”, convidou Ana Nassar, diretora de Programas do ITDP Brasil.

A abertura do Ciclo de Minicursos marcou o lançamento do TUMI no Brasil, seis meses depois de sua criação na Habitat III. Luis Antonio Lindau, diretor do programa de cidades sustentáveis do WRI Brasil, destacou a importância de levar às cidades tanto o debate quanto a implementação de boas práticas: “Essa é a primeira de uma série de oportunidades que o TUMI promoverá para a troca de conhecimentos e o trabalho com temáticas importantes para a sustentabilidade urbana”.

Também participaram da abertura das atividades do TUMI Jakob Baum, Conselheiro de Política de Transportes da GIZ; Arnd Helmke, Diretor de Projeto da GIZ Brasil; Kordula Mehlhart, Primeira Conselheira da Embaixada da Alemanha no Brasil; e Rodrigo Perpétuo, Diretor Executivo do ICLEI América do Sul, que resumiu a essência dos objetivos do TUMI – projetar o futuro sustentável: “Não devemos pensar a mobilidade no século XXI com os olhos voltados para o passado. A fórmula tradicional de pensar as cidades é fragmentada, é preciso prestar atenção nas necessidades das pessoas de forma integrada. Aonde querem chegar quando saem de casa? Por que se deslocam? Essas são as perguntas que temos de fazer e responder para pensar cidades melhores”.

A transição para uma mobilidade de baixo carbono exige uma mudança na construção das políticas públicas e no destino dos investimentos: ambos devem priorizar a mobilidade urbana sustentável. O TUMI vai contribuir para essa transição mobilizando investimentos para infraestrutura de transporte urbano sustentável, oferecendo capacitações para tomadores de decisão e ajudando a desenvolver soluções inovadoras para a mobilidade.

Até quarta-feira (26), o Ciclo de Minicursos TUMI promove ainda quatro aulas temáticas: Desenvolvimento Orientado ao Transporte Sustentável (DOTS); Soluções para Cidades Ativas e Seguras; Cidades Transparentes, Participativas, Resilientes e Adaptadas às Mudanças; Modelos de Negócio para Mobilidade Urbana e Gestão da Demanda de Viagens.

Os minicursos TUMI são uma realização do Ministério Federal de Cooperação Econômica e Desenvolvimento da Alemanha, da GIZ e do WRI Brasil, com apoio do ITDB Brasil e ICLEI América do Sul.

Texto produzido por Priscila Pacheco, jornalista da WRI Brasil Cidades Sustentáveis.

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