02/07/21

Diretrizes para prevenção da COVID-19 são atualizadas e reforçadas em nova campanha nacional

Com apoio da FNP, Observatório COVID-19 BR e Anesp lançam campanha de comunicação baseada no uso correto de máscara, distanciamento e ventilação de ambientes

Com a evolução da pandemia e novas descobertas científicas, o Observatório COVID-19 BR e a Associação Nacional dos Especialistas em Políticas Públicas e Gestão Governamental (Anesp) apresentaram, nesta sexta-feira, 2, novas diretrizes para o enfrentamento ao coronavírus. Apoiada pela Frente Nacional de Prefeitos (FNP) e embasada cientificamente pelo tripé da ventilação, uso de máscaras e distanciamento físico, a campanha #InformarPrevenirSalvar, tem o objetivo central de disseminar informações para a população.

Para a prefeita de Palmas/TO, Cinthia Ribeiro, vice-presidente de Relações Institucionais da FNP, após 15 meses de pandemia decretada no Brasil, o cenário está bem diferente do que foi apresentado em 2020. A governante afirma que, ao longo do último ano, experiências de outros países demonstraram que “o comando do governo central faz grande diferença”. “As diretrizes estão muito soltas por parte do próprio órgão regulador, o Ministério da Saúde”, disse.

Diante disso, ela destacou a importância da campanha, por oferecer, dados científicos, respaldados por organismos e pesquisadores. Cinthia também elogiou a iniciativa, que vai oferecer um “respaldo maior aos nossos protocolos diários”. “Essa iniciativa dá uma potência informativa e de prevenção muito grande”, foi o que comentou o prefeito de Belém/PA, Edmilson Rodrigues, vice-presidente de Cultura da FNP. “As pessoas querem ter informação”, falou.

O prefeito de Campinas/SP, Dário Saadi, vice-presidente da Saúde da FNP, parabenizou a iniciativa e reforçou importância da atuação dos governantes municipais. “Os prefeitos estão praticamente sozinhos nessa pandemia”, disse. Ele também falou sobre uma articulação da FNP com o Ministério da Saúde para pensar em estratégias de enfrentar procedimentos represados no pós-pandemia. “Diminuindo as internações e a pressão da pandemia, vamos ter que voltar os olhos para o que foi represado e, segundo o Conasems, são mais de 1 bilhão de procedimentos em todo o país”.

Sobre a campanha

Essas novas descobertas demonstram que hoje, para a transmissão, o mais perigoso são as partículas mais leves, chamadas de aerossóis. Segundo o engenheiro biomédico Vitor Mori, da Universidade de Vermont (EUA), um dos especialistas que contribuíram para a construção do material, quanto maior a proximidade, maior é a concentração de partículas potencialmente contaminadas. “Em um local fechado, às vezes, 2 metros não é o suficiente para garantir a segurança da pessoa, se o ambiente não está bem ventilado”, disse. Dessa maneira, ele reforça a importância do distanciamento, aliado à ventilação e permanência em espaços abertos e ao uso correto de máscaras, “bem ajustadas ao rosto, sem vazamento de ar e saídas laterais”.

Essas informações estão explicitadas em peças publicitárias, que podem ser editáveis, tornando a campanha regional. Acesse aqui para conhecer. Um dos idealizadores do projeto, o gestor público federa Ricardo Horta explica que a iniciativa surgiu da “necessidade de melhorar protocolos e comunicar com credibilidade melhores práticas nacionais e internacionais diante das evidências científicas disponíveis para melhor prevenção da COVID-19”.

Além do material, que é direcionado para prefeitos e população em geral, é possível encontrar, na plataforma hospedada no site CoronaCidades, uma cartilha que ajudará Agentes Comunitários de Saúde disseminarem as maneiras corretas de se prevenir. De acordo com a professora da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Gabriela Lotta, o fortalecimento desses profissionais é importante para ajudar a população no enfrentamento da doença, pois estão em contato cotidianamente com a comunidade. “A cartilha vai ajudar prefeitos e prefeitas a fortalecer a ação dos agentes como atores centrais no enfrentamento à pandemia”, disse.

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Os assuntos tratados neste texto estão localizados no Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS) 3 - Saúde e Qualidade. Saiba mais aqui.

Última modificação em Terça, 24 de Agosto de 2021, 14:15
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