A construção de uma agenda estratégica para o desenvolvimento territorial foi assunto, nessa quarta-feira, 21, de um dos debates propostos pelo 11º Congresso Gife. Representando a Frente Nacional de Prefeitos (FNP), o coordenador de articulação política da entidade, Jeconias Junior, defendeu a construção de um novo paradigma, que atribua mais “significado e concretude” à palavra cooperação.
Durante o debate, Jeconias salientou como sendo um grande desafio, ao poder público, a busca do entendimento de que é fundamental ter uma agenda para fazer a gestão de projetos que reflitam a necessidade local. Ele afirmou que é necessário que iniciativas se complementem e obedeçam a lógica de demanda e anseios da população, chamando atenção para a importância de “criar a sensação de pertencimento do território no cidadão” como grande desafio da cooperação para desenvolvimento territorial.
“Ter a noção de que somos nós os responsáveis, na medida das nossas competências, das nossas atribuições pela gestão, e modo de uso do território. Esse é um ativo que a gente precisa discutir e a aprofundar com todos que integram, são atores e protagonistas desse movimento”, falou.
No ponto de vista da diretora da Fundação Alphaville, Fernanda Toledo, mediadora do debate, a participação dos atores no território e na construção de uma agenda estratégica é cada vez mais necessária. Para ela, a pactuação com a sociedade, aliada aos desafios, “é, sem dúvida, algo que muda completamente o contexto e pode fazer esse processo de transformação territorial”.
Como um “hub de conexão” entre entidades e municípios, Jeconias falou que uma das vocações da FNP é articular uma agenda que dialogue com essa necessidade estratégica. Segundo o coordenador, a FNP vê com muitos bons olhos e felicidade a busca por execução de projetos associados à cooperação com o poder público.
“Somos pedras da construção de um arco que é muito importante que seja sólido, que seja forte e que represente uma ponte muito larga no caminho da cooperação e no entendimento do território como lócus de todos”, concluiu Jeconias.