A Frente Nacional de Prefeitos (FNP) segue mobilizada pela derrubada do veto ao Refis para as Micro e Pequenas Empresas. Nesta quinta-feira, 18, em Brasília/DF, durante reunião de trabalho, articulada pelo Sebrae, com parlamentares e representantes de entidades, o presidente em exercício da FNP, Carlos Amastha, voltou a declarar que a decisão de excluir as micro e pequenas empresas do programa trará impactos muito negativos para a retomada do crescimento do país. 

"Nós diminuímos muito no Brasil a economia informal, que é péssima, graças a esse movimento do Simples, e agora a gente chega e diz 'Senhores, voltem para a informalidade'? É a pior coisa que pode acontecer para a economia desse país", declarou Amastha. 

Disposto a trabalhar para sensibilizar os deputados e senadores a votarem pela suspensão do veto, o presidente em exercício da FNP destacou o caráter da ação conjunta. "Estamos falando de justiça. É um movimento político que é bem visto pelo presidente da República, Michel Temer”, disse.

Para dar mais força ao movimento, a proposta do Sebrae é atuar com uma campanha de conscientização nas redes sociais. A ação foi anunciada durante a reunião e prevê também um hotsite. "Essa não é uma campanha apenas do Sebrae, é de todas as entidades aqui reunidas que lutam pelos pequenos e micro empresários do país", destacou o presidente do Sebrae, Guilherme Afif.

Conforme destacou o relator da Lei Geral da Micro e Pequena Empresa, deputado Otávio Leite, é fundamental disseminar que "essa é uma bandeira suprapartidária. A defesa das MPE é a defesa do desenvolvimento".

Inadimplência

"Deveríamos ter começado com o Refis para as MPE, que gera 2 de cada 3 empregos no país", defendeu Carlos Amastha. 

Segundo pesquisa da empresa de análise de informações de crédito Serasa Experian, as micro e pequenas empresas respondem por 27% do Produto Interno Bruto do país. Ainda de acordo com dados da empresa, 4,9 milhões  de micro e pequenas empresas estão inadimplentes.