Como se preparar para os rumos futuros do Brasil? Com o objetivo de apresentar cenários e perspectivas que possibilitem subsidiar os governantes e gestores na formulação de estratégias de desenvolvimento para o país, o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e a Associação Nacional dos Servidores da Carreira de Planejamento e Orçamento (Assecor) lançam, no Museu do Amanhã, no Rio de Janeiro/RJ, no dia 22 de junho, o livro Brasil 2035: cenários para o desenvolvimento.
O diretor de Estudos e Políticas Regionais, Urbanas e Ambientais e também presidente substituto do Ipea, Alexandre Ywata, destacou que as prospecções publicadas no livro auxiliam o instituto a avaliar políticas públicas. “Recentemente instituímos no Ipea as projeções de cenários e queremos uni-las aos nossos modelos matemáticos”, destacou.
Para o presidente da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Maurício Lopes, o grande desafio que se coloca é pensar o desenvolvimento a partir das trajetórias. “O futuro é um dos nossos principais insumos. Se não tivermos capacidade para analisar e prever o futuro, corremos o risco de tomar decisões equivocadas”, frisou Lopes.
O momento econômico e político que o país vive propicia a reflexão sobre como e qual tipo de futuro é esperado. Mariano Laplane, presidente do Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE), organização social fomentada e supervisionada pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, diz que é possível ser otimista em relação ao futuro. “Devemos organizar o futuro que queremos construir, elaborar visões compartilhadas de onde queremos chegar”.
Plataforma Brasil 2100
O projeto Brasil 2035 está inserido na plataforma “Brasil 2100 – construindo hoje o país de amanhã”, que visa estimular o debate sobre possíveis caminhos e desafios para a construção de uma sociedade mais próspera e solidária no Brasil até 2100.
O projeto conta com a parceria de 30 instituições; entre elas o próprio Ipea, Assecor e Embrapa, e o Sindicato Nacional dos Servidores do IPEA (Afipea), Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), Banco do Brasil, Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Escola Superior de Guerra (ESG), Exército Brasileiro, Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Petrobras, Caixa de Previdência dos Funcionários do Banco do Brasil (Previ), Universidade Estadual Paulista (Unesp), Universidade de São Paulo (USP) e Museu do Amanhã. Ao todo, mais de 800 profissionais participaram das 14 oficinas realizadas pelo projeto, o qual ainda contou com uma pesquisa respondida por 640 especialistas, que identificaram incertezas-chave para responder à pergunta “Que caminho o Brasil poderá trilhar até 2035 para que tenhamos um país desenvolvido, com uma sociedade mais livre, justa e solidária em 2100?”.
Acesse aqui o livro “Brasil 2035: cenários para o desenvolvimento”