01/10/19

FNP vai ao STF para pedir pacificação da cobrança de tarifa de lixo

Divulgação/STF FNP vai ao STF para pedir pacificação da cobrança de tarifa de lixo

Em busca de segurança jurídica para os municípios em seus contratos de concessão para manejo de resíduos sólidos, e na forma de cobrança, a Frente Nacional de Prefeitos (FNP) se reuniu nesta terça-feira, 1º, com a ministra do Supremo Tribunal Federal (STF), Cármen Lúcia. O encontro teve como tema o Recurso Extraordinário nº 847.429, de repercussão geral, que discute a forma de cobrança pelo serviço de coleta e remoção de lixo.

“O Brasil todo precisa cuidar desse tema”, afirmou aos prefeitos Cármen Lúcia, que recentemente foi designada relatora do recurso. A magistrada disse que irá preparar o relatório com o seu voto e encaminhar para a mesa de Dias Toffoli, presidente do STF, para que ele possa pautar a matéria para votação.

A expectativa dos prefeitos catarinenses Udo Dohler, de Joinville, e Fabrício Oliveira, de Balneário Camboriú, que participaram da audiência, é que o assunto seja pautado em breve. O entendimento da diretoria da FNP e de sua assessoria jurídica é que seja considerado constitucional que as prestadoras de serviço cobrem, diretamente dos usuários, a tarifa pelo serviço.

Também participaram da reunião o vice-prefeito de São Luís/MA, Júlio Pinheiro, a secretária de Articulação Institucional de São Luís, Ana Paula Rodrigues; a presidente do Comitê de Limpeza de São Luís, Carolina Estrela, o diretor do Escritório de Articulação e Representação de Teresina em Brasília, Erick Elysioe, e representantes da assessoria jurídica da FNP para o tema.

Amicus curiae
A FNP irá ingressar como amicus curiae, assim como a União. O objetivo é contribuir com o caso, já que os serviços públicos de manejo de resíduos sólidos e de limpeza urbana ficam prejudicados em momentos de crise fiscal, travando, ainda, investimentos para o desenvolvimento dos municípios.

Seminário de resíduos sólidos
A FNP começou a debater o assunto em agosto deste ano, durante o seminário “Resíduos Sólidos – Alternativas de Financiamento”. “Nós percebemos que se o serviço pode ser terceirizado e é individualizado, porque não ser realizado pelo modelo de concessão, que tem mais amplitude e abrangência? ”, defendeu o procurador-geral de Joinville, Eduardo Buzzi, na ocasião. Saiba mais aqui.

Redator: Livia PalmieriEditor: Bruna Lima
Última modificação em Terça, 01 de Outubro de 2019, 16:45
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