Imprimir esta página
02/07/25

Presidente da Comissão de Prefeitas discute clima e gênero na Argentina

Divulgação Presidente da Comissão de Prefeitas discute clima e gênero na Argentina

Márcia Conrado, prefeita de Serra Talhada (PE) e presidente da Comissão de Prefeitas da FNP, participou da Conferência Climática Internacional “Compromisso Latino-Americano em direção à COP-30”, que está sendo realizada em Córdoba, na Argentina. Nesta terça, 1/7, Márcia falou no painel da Sessão Plenária “Clima e Gênero na Encruzilhada: Políticas Baseadas na Ciência para uma Transformação Inclusiva”.

O evento, que faz parte dos preparativos para a COP-30 no Brasil, é uma iniciativa do Pacto Global de Prefeitos pelo Clima e Energia (GCoM) na América Latina, a fim de debater o impacto das mudanças climáticas sobre as mulheres e a ampliação da participação feminina na política.

Márcia Conrado destacou as boas práticas da gestão de Serra Talhada e apresentou o Programa + Iguais da FNP, que tem por objetivo o fortalecimento da governança feminina, o apoio entre lideranças femininas e a promoção de políticas públicas inclusivas. O programa tem financiamento da AFD, apoio da ONU Mulheres, Sebrae e ministérios federais, e conta com três eixos intersetoriais: políticas de cuidados; empreendedorismo com enfoque de gênero e justiça climática.

Mulheres e clima

Quando se fala em mudanças climáticas, as mulheres e meninas são as mais afetadas diretamente. Estima-se que 80% dos deslocamentos após eventos climáticos extremos envolvem mulheres – especialmente negras, indígenas e periféricas, o que acarreta aumento de violência de gênero, doenças mentais, sobrecarga de cuidado.

Por representar a maior parcela da população em situação de pobreza, mulheres negras e periféricas concentram-se em áreas mais vulneráveis às mudanças climáticas ficando assim mais expostas às ondas de calor, falta de saneamento e precariedade habitacional. Além disso, a baixa renda significa uma menor capacidade de resiliência a impactos climáticos.

Dessa forma, não há como fazer justiça climática sem justiça de gênero. A Comissão de Prefeitas da FNP destaca a necessidade urgente do desenvolvimento de estratégias integradas que aliem a ação climática à promoção da equidade de gênero e raça, com uso eficiente dos recursos disponíveis e das ferramentas de gestão já existentes.

Última modificação em Quarta, 02 de Julho de 2025, 17:09