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08/04/15

EMDS monta praça e estimula a troca de experiências entre participantes

Em busca de informações sobre gestão de resíduos sólidos, Natasha Vasconcelos, que trabalha na Norte Amazônia, empresa exportadora de alumínio instalada em Belém (PA), apostou nesta quarta-feira (8) no Ponto de Encontro para sanar suas dúvidas. Trata-se de um espaço montado na Praça de Boas Práticas do III Encontro dos Municípios com Desenvolvimento Sustentável (EMDS), que acontece em Brasília até amanhã (9).

O local, que lembra uma praça, atraiu estudantes, pesquisadores, gestores públicos, além de prefeitos e público geral. Foram montadas dez mesas que terão encontros simultâneos ao longo desta quarta e quinta-feira. A agenda é extensa e traz discussões sobre consórcios públicos, inventário de gases de efeito estufa, economia solidária, gestão municipal, entre outros.

Segundo Natasha, a Norte Amazônia despertou para a questão social e a demanda sobre a gestão de resíduos sólidos partiu dos próprios catadores que fornecem matéria-prima para a instituição. “Vim ao encontro para saber como os empresários estão trabalhando com essa nova realidade e como está ocorrendo dentro dos municípios a gestão de resíduos sólidos”, disse. Para ela, o Ponto de Encontro, que também poderia ser chamado de praça de ideias, respondeu à altura suas necessidades. “Esse espaço foi muito produtivo para mim. Tive contato com representantes de várias entidades, tanto social quanto do empresariado e dos municípios. Cada um trocou as próprias experiências e os problemas que enfrentam no dia a dia”.

Ela participou da mesa coordenada por Luciana Lopes, consultora da Visões da Terra, que há 20 anos trabalha com o temática. Além da Natasha, o espaço atraiu representantes do Distrito Federal, Rio de Janeiro e Santa Catarina. “Aqui foi possível dialogar com diversos estados um problema que é comum”, resumiu Luciana.

A consultora destacou que a inclusão dos catadores só terá êxito se estiver apoiada num tripé. “É preciso ter uma central de triagem, a coleta separada e um sistema para orientar o descarte correto da população”, explicou. Para auxiliar os interessados sobre o tema, Luciana Lopes ainda distribuiu o livro ‘Do Lixo à Cidadania’, que mostra, principalmente, como estabelecer esse tripé sustentável. “Eventos como esse fazem com que a gente tenha espaços qualificados de distribuição”, justificou.

Na avaliação dela, com a crise econômica, o mercado de coleta seletiva sofrerá turbulências, o que exige um trabalho cada vez mais capacitado e articulado. “Material reciclado écommodities. A partir do momento que o preço do dólar sobe, o preço do material cai, principalmente o de ferro e de alumínio. Vamos enfrentar uma situação de crise”, alertou.

Ela também apontou que é um desafio da área capacitar com conceitos de administração, produção e de organização participativa pessoas que muitas vezes ainda não sabem ler e o “livro tem uma linguagem adequada para esse público”.

 

Editor: Bruna Lima