Imprimir esta página
12/08/22

AcessoCidades encerra Módulo 1 da capacitação sobre uso de dados abertos na gestão do transporte

Segunda etapa, com encontros virtuais, tem início em 22 de outubro

O projeto AcessoCidades encerrou nesta semana o primeiro ciclo de oficinas de capacitação sobre uso de dados abertos na gestão do transporte público. A inciativa é uma parceria com o Instituto de Políticas de Transporte & Desenvolvimento (ITDP Brasil) voltada a técnicos de municípios com mais de 80 mil habitantes. Essa etapa, com cinco encontros virtuais, somou a participação de 123 gestores, representando 63 municípios, de 20 estados distintos.

Para participar, as cidades precisaram cumprir requisitos estipulados no primeiro ano do projeto, como participação no planejamento estratégico do FNMU, nos mapeamentos do uso de dados abertos e de boas práticas em mobilidade urbana, nas trocas de experiências entre municípios, entre outros.

Além de ter foco em municípios com população acima de 80 mil habitantes, 6 localidades integram o g100, grupo de municípios populosos com altos índices de vulnerabilidade socioeconômica, 31 são de regiões metropolitanas e 16 capitais.

Voltado para operacionalização da gestão de dados, o próximo ciclo propõe seis novas oficinas e terá início no dia 22 de agosto, às 8h30. As reuniões seguirão no formato online, pelo Zoom. Os encontros seguem até setembro e, em breve, o curso completo será disponibilizado a gestores de todo o país.

Módulo 1
Com foco em aspectos fundamentais para o desenvolvimento de uma estratégia de gestão de dados de transporte público, as oficinas da primeira etapa da capacitação ocorreram nos dias 1, 3, 5, 8 e 10 de agosto. Para receber a certificação desta etapa, é necessário ter participado de três oficinas e contabilizar 50% de acerto na avaliação.

Oficina 1 - Por que utilizar e abrir os dados de transporte público?
Objetivo: apresentar um panorama da mobilidade urbana no Brasil e os benefícios do uso de dados para o planejamento, monitoramento e gestão do transporte público no Brasil e no mundo.

Oficina 2 - Boas Práticas De Contratos Para A Gestão De Dados De Transporte Público
Objetivo: discutir a importância da licitação para a gestão do transporte no Brasil e o impacto das relações contratuais na gestão de dados

Oficina 3 - Dados abertos e segurança dos dados de transporte público
Objetivo: aprofundar o conceito de dados abertos, discutir a importância e os benefícios da abertura de dados e os principais desafios relacionados à segurança na coleta, armazenamento, utilização e publicação de dados frente aos desafios da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) - Lei 13.709/2018.

Oficina 4 - Uso de dados de transporte público para elaboração e avaliação de políticas públicas
Objetivo: introduzir os conceitos básicos sobre o uso de dados para o planejamento e a gestão de sistemas de transporte público e apresentar os principais aspectos de cada uma das fontes de dados, explorando o potencial e as limitações de cada um comparativamente aos dados de GTFS, GPS e bilhetagem eletrônica.

Oficina 5 - Indicadores de oferta e demanda para a qualidade do transporte público
Objetivo: introduzir os principais conceitos sobre gestão da qualidade de serviço no transporte público e discutir o potencial de indicadores gerados a partir de dados de GPS, bilhetagem eletrônica e GTFS, a partir de exemplos práticos de aplicação com insumos de casos reais da Cidade do México, do Rio de Janeiro e de Montevidéu.

AcessoCidades
O AcessoCidades é uma iniciativa da FNP/Brasil com a Confederación de Fondos de Cooperación y Solidaridad (Confocos)/Espanha e a Associazione Nazionale Comuni Italiani (ANCI)/Itália, com cofinanciamento da União Europeia. O projeto tem como objetivo qualificar políticas de mobilidade urbana no Brasil com vistas ao desenvolvimento sustentável e ao combate às desigualdades sociais, raciais e de gênero. Todas as atividades do projeto são gratuitas e não envolvem contrapartidas financeiras.

A iniciativa tem duração de três anos (entre 2021 e 2023) e quatro eixos de atuação: governança; diagnóstico e capacitação; planejamento e viabilização de boas práticas; e engajamento.

A partir disso, será possível pensar na sustentabilidade financeira do serviço de transporte público, na inovação tecnológica para qualificação e eficiência no setor, na mobilidade ativa e na regulamentação do transporte individual por aplicativos, entre outros. Mais informações: Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.

Redator: Livia Palmieri
Última modificação em Sexta, 12 de Agosto de 2022, 17:23