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14/06/21

Ministro da Saúde afirma que irá ampliar política de testagem contra COVID-19

Em reunião com a FNP, Queiroga defendeu documento que imponha testes para todos que estejam nos aeroportos

O Ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou nesta segunda-feira, 14, que irá ampliar a política de testagem para COVID-19 no Brasil. O assunto foi pauta de encontro articulado pela Frente Nacional de Prefeitos (FNP), com 39 governantes municipais, para discutir estratégias de médio e longo prazo para prevenção de novas variantes e para a contenção de outras possíveis pandemias.

“Estamos com as cidades aeroportuárias, que operam voos internacionais, e as fronteiriças para que posamos discutir como podemos trabalhar cada vez melhor para prevenir a entrada das cepas e como enfrentar essa questão da melhor forma. Estamos juntos nessa batalha para vencer o novo coronavírus”, declarou o presidente da FNP, Edvaldo Nogueira, prefeito de Aracaju/SE.

No encontro, que foi mobilizado a partir do pleito de governantes municipais por protocolos mais rígidos em aeroportos e regiões fronteiriças, Queiroga afirmou que ideia é ampliar a testagem para “níveis próximos do que acontece nos EUA e Reino Unido”. Segundo o ministro, atualmente o Brasil não testa mais do que 690 testes por 100 mil habitantes.

Dessa forma, o Ministério da Saúde já encaminhou, junto à Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), a compra de 14 milhões de testes de antígeno. Queiroga defendeu uma medida normativa que imponha a testagem de todas as pessoas que estejam nos aeroportos. Segundo ele, o pedido já foi encaminhado para a Secretaria de Vigilância em Saúde e depois será discutido junto com prefeitos e governadores.

“Vamos trabalhar para que, dentro de um curto espaço de tempo, a gente possa enviar mais testes para serem utilizados dentro da política de testagem estabelecida pelo Ministério, para que tenhamos rastreabilidade e saibamos acompanhar exatamente o momento da pandemia”, disse.

O prefeito de Foz do Iguaçu/PR, Chico Brasileiro, vice-presidente de Cidades Fronteiriças, destacou que a entrada das variantes no Brasil “começa pela fronteira” e afirmou que os municípios estão dispostos a ajudar. “Sabemos que a Anvisa não tem recursos humanos para atuar nas fronteiras”. “Queremos proteger o Brasil”, disse.

Sobre barreira sanitária, o prefeito de Guarulhos/SP, Guti, vice-presidente de Regiões Metropolitanas, defendeu que se imponha uma “série de exigências para aqueles que vão embarcar com destino ao Brasil”. De acordo com o secretário-executivo da pasta, Rodrigo Cruz, “o Ministério da Saúde defende controle sanitário maior para evitar espalhamento das cepas ditas mais contagiosas”.

No mesmo sentido, o prefeito de Campinas/SP, Dário Saadi, falou sobre a parceria das cidades com o Ministério “para ampliar essas barreiras sanitárias principalmente dentro dos grandes aeroportos do Brasil”.

Sobre a distribuição de vacinas, Queiroga garantiu ser “sensível à agenda”, mas que as ações precisam ser pactuadas pela Comissão Intergestores Tripartite (CIT), com Conass e Conasems. “Essas vacinas têm que ser distribuídas conforme o que é pactuado na tripartite”, declarou.

Para o prefeito de Florianópolis/SC, Gean Loureiro, presidente do Consórcio Conectar, mais importante do que dividir de forma equânime os imunizantes é “controlar e garantir que não tenha disseminação de uma cepa mais contagiante”.

“Meu pensamento é que, a partir de setembro, teremos uma condição sanitária mais tranquila no Brasil e aí estaremos programando uma saída dessa pandemia e retomada mais forte da economia”, concluiu o ministro.

Participaram da reunião:

1. Aracaju/SE - Edvaldo Nogueira
2. Alegrete/RS - Márcio Fonseca do Amaral
3. Assis Brasil/AC - Jerry Correia Marinho
4. Bagé/RS - Divaldo Vieira Lara
5. Barracão/PR - Jorge Luiz Santin
6. Bela Vista/MS - Reinaldo Miranda Benites
7. Belém/PA - Edmilson Rodrigues
8. Cáceres/MT - Eliene Liberato
9. Campinas/SP - Dario Saadi
10. Candiota/RS - Luiz Carlos Folador
11. Chuí/RS - Marco Antonio Vasques Rodrigues Barbosa
12. Confins/MG - Geraldo Gonçalves dos Santos
13. Corumbá/MS - Marcelo Aguilar
14. Cruz Alta/RS - Paula Rubin Facco Librelotto
15. Dionísio Cerqueira/SC - Thyago Wanderlan Gnoatto Gonçalves
16. Dom Predrito/RS - Mário Augusto de Freire Gonçalves
17. Epitaciolândia/AC - Sergio Lopes de Souza
18. Florianópolis/SC - Gean Loureiro
19. Fortaleza/CE - José Sarto
20. Foz Do Iguaçu/PR - Chico Brasileiro
21. Guaíra/PR - Heraldo Trento
22. Guajará-Mirim/RO - Raissa da Silva Paes
23. Guarulhos/SP - Gustavo Henric Costa
24. Itaqui/RS - Leonardo Dicson Sanchez Betin
25 Maceió/AL - João Henrique Holanda Caldas
26. Manaus/AM - David Almeida
27. Mundo Novo/MS - Valdomiro Brischiliari
28. Natal/RN - Álvaro Dias
29. Porto Alegre/RS - Sebastião Melo
30. Porto Mauá/RS - Leocir Weiss
31. Porto Murtinho/MS - Nelson Cintra Ribeiro
32. Quaraí/RS - Jeferson Da Silva Pires
33. Salvador/BA - Bruno Reis
34. Sant'ana do Livramento/RS - Ana Luiza Moura Tarouco
35. São Borja/RS - Eduardo Bonotto
36. São Gonçalo do Amarante/RN - Paulo Emídio De Medeiros
37. São José dos Pinhais/PR - Nina Singer
38. Tabatinga/AM - Saul Nunes Bemerguy
39. Uruguaiana/RS - Ronnie Mello

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Os assuntos tratados neste texto estão localizados no Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS) 3 - Saúde e Qualidade. Saiba mais aqui.

Redator: Livia PalmieriEditor: Jalila Arabi
Última modificação em Terça, 24 de Agosto de 2021, 14:04