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06/12/18

Prefeitos discutem mobilidade urbana e impacto de aplicativos

De acordo com a Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos (NTU), as principais capitais do brasil tiveram uma queda de 25% na demanda dos ônibus urbanos, entre 2014 e 2017. A entidade atribui um quinto dessa queda ao surgimento dos transportes sob demanda por aplicativos. O assunto esteve em pauta durante a 74ª Reunião Geral da Frente Nacional de Prefeitos (FNP), em São Caetano do Sul/SP, no dia 27 de novembro.

Na ocasião, o prefeito de Fortaleza/CE, Roberto Cláudio, vice-presidente Nacional da entidade, afirmou que os gestores devem repensar o sistema “sob a ótica de mudança e com investimento tecnológico”. “É necessário também adaptar o modelo de transporte conforme o perfil da população e das inovações tecnológicas”, disse.

Esse viés foi também abordado pelo prefeito de São José dos Campos/SP, Felício Ramuth, vice-presidente de Mobilidade da FNP. Ele falou sobre a mudança na forma em que as pessoas consomem o transporte público e que, a partir disso, devem ser traçadas estratégias de como alimentar serviços de compartilhamento, além de pensar em um transporte público sob demanda.

A pauta esbarra na questão do custo benefício, levando em conta o serviço oferecido e o custo das tarifas. Atualmente, o serviço por aplicativo “Uber Juntos”, lançado em outubro deste ano, opera com corridas a partir de R$ 4, preço que se aproxima a passagens de ônibus e metrô. Para o presidente do Fórum Nacional de Secretários e Dirigentes Públicos de Mobilidade, Rodrigo Tortoriello, para essa questão, é inescapável o desenvolvimento de uma política única, “formada pela Cide Verde ou um outro fundo para financiar as tarifas”.

O assunto é polêmico e não foi esgotado durante o evento da FNP. Por isso, um dos encaminhamentos foi a construção de um Seminário exclusivo para debater esse assunto, ainda sem data definida. Acesse aqui a carta da NTU.

Redator: Livia PalmieriEditor: Bruna Lima